Saturday, December 5, 2015

Ficção climática não é fantasia futurista por Sergio Trentini

Sergio Trentini in BRAZIL explains in Portugese text the status of cli-fi in Brazil

Ficção climática não é fantasia futurista

 
by Sergio Trentini
 
tps://medium.com/medium-brasil/quando-tiramos-o-fi-do-cli-fi-1951ddc4fa71#.hhpns6cco
 
A ficção não aspira o posto de profecia, mas muitas vezes acaba assumindo esse papel. O escritor francês Júlio Verne, por exemplo, dependendo do ponto de vista, pode ser considerado muito mais plausível que Nostradamus. Verne, entre outras coisas, previu a existência de viagens espaciais e submarinos. Em 1869 descreveu um submarino que foi criado apenas em 1955. Por outro lado, por volta de 1941, Isaac Asimov esgotou seus anseios imaginários sobre a robótica. Criou leis e previu conflitos éticos da convivência entre a inteligência natural e a artificial. Esses conflitos fictícios não acontecem hoje, mas não falta quem aborde a possibilidade de que eles se concretizem em breve. Há quem diga (e há quem prove) que é questão de tempo.
Assim como escritores de ficção exploraram por anos algumas incursões à evolução social envolvendo robôs e invenções extraordinárias, surge na literatura, de 1960 para cá, um subgênero de ficção científica que volta seus esforços para a criação a partir da hipótese antropogênica. Mantendo as coisas claras: o antropoceno é o termo usado por cientistas para descrever a fase mais recente do planeta. Ele começa quando as atividades humanas começaram a ter um impacto global significativo no clima da Terra e no funcionamento dos seus ecossistemas. Ou seja, o ser humano não é apenas habitante do planeta, mas representa uma força geológica determinante para o futuro político e biológico da própria espécie neste planeta.
Agora, misture essa hipótese à mentes férteis. O que temos? Um novo gênero dentro da ficção cientifica. Nasce assim a climate-fiction, popularmente chamada de cli-fi. É preciso muito pouco esforço para lembrar quando foi a última vez que você viu um filme do gênero. Em reportagem para o site Planeta Sustentável, Maria Bitarello cita um punhado de obras. Entre elas, destaco Interestelar, do diretor britânico Christopher Nolan, e A estrada, livro de Cormac McCarthy. Acrescento, ainda, uma que marcou os debates sobre o gênero, pois é nutrida de certo imediatismo extremista: O Dia Depois de Amanhã.
 



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